Português João Silva continuou a fotografar mesmo depois de ter ficado com pernas decepadas por mina
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Português João Silva continuou a fotografar mesmo depois de ter ficado com pernas decepadas por mina
sofreu ferimentos na zona pélvica, contou um porta-voz do jornal, Robert Christie, num e-mail enviado ontem para a agência noticiosa sul-africana SAPA.
"A repórter Carlotta Gall comunicou que o João continuou a tirar fotos depois da explosão, enquanto lhe aplicavam torniquetes, lhe davam morfina e o conduziam ao helicóptero”, disse Christie.
Ontem à noite o fotógrafo luso-sul-africano seguiu para a base aérea de Bagram, perto de Cabul, a capital afegã, a fim de as suas feridas serem limpas e se proceder a mais exames, antes de uma prevista viagem para a Alemanha.
A mulher de João Silva, Vivian, recebeu do cirurgião uma circunstanciada e dolorosa exposição de todo o processo, com o pormenor de que o destacado profissional do fotojornalismo é “extremamente forte”, aguentando da melhor maneira que lhe é possível os tormentos por que está a passar.
Vivian deverá tomar nas próximas horas um avião da África do Sul para a Alemanha, a fim de se juntar ao marido, depois do “The New York Times” lhe ter conseguido arranjar um visto de urgência.
O casal tem dois filhos, uma menina de seis anos e um rapaz de cinco.
Inicialmente, João Silva, de 44 anos, natural da área de Lisboa, foi conduzido à base militar norte-americana de Kandahar, de onde transitou para Bagram, a caminho da Europa.
O fotógrafo pisou a mina quando percorria uma área perto da cidade de Arghandab, contou o seu jornal.
Nenhum soldado norte-americano foi ferido na explosão, mas três sofreram o impacto da mesma. Um grupo de sapadores e de cães tinha já passado pela zona alguns passos à frente de João Silva quando a bomba deflagrou.
Engenhos de fabrico rudimentar e minas contribuem para as frequentes baixas entre as tropas estrangeiras destacadas no Afeganistão. Mais do que qualquer outro tipo de armamento. Muitas das bombas são feitas com uma pequena quantidade de metal e por isso mesmo extremamente difíceis de detectar.
João Silva e a sua colega Carlotta Gall viajavam com uma unidade da Divisão Aerotransportada 101. Os soldados norte-americanos andavam em missão a expulsar os rebeldes taliban de Arghandab e dos campos em redor, desde há semanas, no âmbito de um grande esforço para garantir a segurança de todo o território próximo de Kandahar.
Silva tem fotografado guerras no Afeganistão, Iraque, África Austral, Balcãs e Médio Oriente. E tem ganho muitos prémios pelo seu trabalho, incluindo o The World Press Photo. É autor, juntamente com Greg Marinovich, de “The Bang-Bang Club”, crónica de um grupo de quatro fotógrafos que na década de 1990 cobriram a violência na África do Sul. Os outros dois eram Kevin Carter e Ken Oosterbroek, já falecidos.
"A repórter Carlotta Gall comunicou que o João continuou a tirar fotos depois da explosão, enquanto lhe aplicavam torniquetes, lhe davam morfina e o conduziam ao helicóptero”, disse Christie.
Ontem à noite o fotógrafo luso-sul-africano seguiu para a base aérea de Bagram, perto de Cabul, a capital afegã, a fim de as suas feridas serem limpas e se proceder a mais exames, antes de uma prevista viagem para a Alemanha.
A mulher de João Silva, Vivian, recebeu do cirurgião uma circunstanciada e dolorosa exposição de todo o processo, com o pormenor de que o destacado profissional do fotojornalismo é “extremamente forte”, aguentando da melhor maneira que lhe é possível os tormentos por que está a passar.
Vivian deverá tomar nas próximas horas um avião da África do Sul para a Alemanha, a fim de se juntar ao marido, depois do “The New York Times” lhe ter conseguido arranjar um visto de urgência.
O casal tem dois filhos, uma menina de seis anos e um rapaz de cinco.
Inicialmente, João Silva, de 44 anos, natural da área de Lisboa, foi conduzido à base militar norte-americana de Kandahar, de onde transitou para Bagram, a caminho da Europa.
O fotógrafo pisou a mina quando percorria uma área perto da cidade de Arghandab, contou o seu jornal.
Nenhum soldado norte-americano foi ferido na explosão, mas três sofreram o impacto da mesma. Um grupo de sapadores e de cães tinha já passado pela zona alguns passos à frente de João Silva quando a bomba deflagrou.
Engenhos de fabrico rudimentar e minas contribuem para as frequentes baixas entre as tropas estrangeiras destacadas no Afeganistão. Mais do que qualquer outro tipo de armamento. Muitas das bombas são feitas com uma pequena quantidade de metal e por isso mesmo extremamente difíceis de detectar.
João Silva e a sua colega Carlotta Gall viajavam com uma unidade da Divisão Aerotransportada 101. Os soldados norte-americanos andavam em missão a expulsar os rebeldes taliban de Arghandab e dos campos em redor, desde há semanas, no âmbito de um grande esforço para garantir a segurança de todo o território próximo de Kandahar.
Silva tem fotografado guerras no Afeganistão, Iraque, África Austral, Balcãs e Médio Oriente. E tem ganho muitos prémios pelo seu trabalho, incluindo o The World Press Photo. É autor, juntamente com Greg Marinovich, de “The Bang-Bang Club”, crónica de um grupo de quatro fotógrafos que na década de 1990 cobriram a violência na África do Sul. Os outros dois eram Kevin Carter e Ken Oosterbroek, já falecidos.
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